quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Jogos - Overlord 2

É bom ser mau. Por mais que a maioria dos jogos se esforce para construir uma imagem positiva e passar mensagens de motivação, são os games que nos permitem deixar a moral de lado que são os mais divertidos. Mas, mesmo quando temos a opção de seguir o lado negro, nossa tendência é fazer o bem. Mas, como seria se não houvesse opção, se o lado negro fosse a única escolha?


Essa é a premissa de Overlord II. O personagem do jogador é um terrível senhor da guerra, um ser cruel que ganhou poderes satânicos e tem por objetivo escravizar, aterrorizar, pilhar e recrutar o mundo medieval. E, é claro, sequestrar belas donzelas para seu covil, pois ninguém é de ferro.


Para ajudá-lo em sua missão nefasta, o senhor das trevas conta com uma horda de pequenos demônios, tão cruéis quanto ele. E o que eles tem de maus, têm de divertidos. Doentiamente divertidos.


Para conseguir mais demoninhos é preciso coletar energia vital. E aí, Overlord brilha com uma camada sangrenta de crueldade. Logo no começo, você precisa espancar filhotinhos de foca para conseguir demônios. E depois, manda os demônios espancarem mais focas . O pior: os demônios falam verdadeiras barbaridades enquanto despacham as foquinhas, só pérolas de humor negro.


Overlord II tem várias camadas de jogabilidade. Você pode jogá-lo como um alucinado, assassinando pessoalmente tudo o que aparece pela frente. Mas também é possível recorrer apenas aos demônios, que devastam tudo sem que o jogador precise sujar as mãos em sangue plebeu.


Em vários momentos do jogo é preciso dar ordens aos demônios para que pequenos quebra-cabeças sejam resolvidos. Em algumas situações são necessários demônios aquáticos. Em outras, demônios imunes a substâncias venenosas. Descobrir qual deles é preciso usar para prosseguir é um dos grandes baratos do jogo.


Os demoninhos também tem a habilidade de aliciar lobos e outras criaturas perigosas. No caso dos lobos, eles viram uma violenta montaria, que estraçalha os pobres aldeões. E a cada grito de dor, os demoninhos caem na gargalhada, comentando satisfeitos a quantidade de sofrimento que infligem.


A cada missão, o personagem principal aumenta sua fortaleza sombria, o centro nervoso do seu poder infernal. É nela que ficam guardados os tesouros e espólios de batalha. E é claro, as belas moçoilas dos povoados conquistados, que, relutantemente, servem ao senhor das trevas de todas as maneiras, inclusive lavando, cozinhando e limpando.


Overlord II é o tipo de jogo que não pode ser ignorado. Complexo e ao mesmo tempo fácil de jogar, é quase como uma versão distorcida do clássico Pikmin. É deliciosamente catártico extrair gritos de desespero dos oponentes e erguer um império megalômano do mal.


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